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20 anos sem Tim Maia; aprenda a tocar hits da voz que movia montanhas

Um cara que não tinha papas na língua (Foto: Divulgação)

“E como cantava bem o ‘gordinho’, hein Erasmo?”, questionou Roberto Carlos certa vez… Há exatos 20 anos, a música brasileira ficou órfã do talento de Sebastião Rodrigues Maia, o saudoso Tim Maia. Naturalmente equipado com um talento musical incomum, Tim era dono de uma voz capaz de mover montanhas.

Por mais incrível que possa parecer, Tim Maia nunca fez questão de posar de “guru da MPB”. Esta, inclusive, foi uma escolha sábia, pois a opção pelo lado explícito da marginalidade artística não precisa necessariamente ser concebida a partir da perseguição de uma ditadura militar; ou do regresso de um exílio, que na bagagem costuma trazer o status de ‘herói nacional’.

Multifacetado, Tim tocava vários instrumentos musicais(Foto: Divulgação)

Como poucos artistas, Tim transitou com qualidade por diversos gêneros musicais. Além de trazer o soul para o Brasil, sem medo de errar, passou pelas temáticas da bossa nova; do rock; do samba; do jazz; do gospel; e até do sertanejo. Seu repertório mais popular inclui clássicos como “Você“, “Azul da Cor do Mar“, “Do Leme ao Pontal“, “Coroné Antônio Bento“, entre outras. A parte menos badalada de sua obra, no entanto, nos apresenta as pérolas “Rodésia“, “Do Your Think Behave Yourself” e “Batata Frita, o Ladrão de Bicicleta“.

Os anos de excessos, no entanto, foram cobrados sem piedade. Na noite do dia 8 de março de 1998, durante a primeira música de um show, em Niterói, Tim sentiu-se mal e foi levado para o hospital. Naquele 15 de março de 1998, aos 55 anos e pesando 140 quilos, Tim Maia perdeu a luta para um quadro de  infecção generalizada. Fica a esperança de que a memória afetiva brasileira não aposente e nem se esqueça da importância do legado do “Síndico”.

Aprenda a tocar três grandes hits da carreira de Tim Maia:

Infelizmente, principalmente no cenário nacional, artistas com a atitude de Tim Maia estão cada vez mais escassos. Polêmico, irreverente, carismático, “racional” e baderneiro, o “Síndico” fazia questão de vociferar contra qualquer tipo de caretice ou mandamentos politicamente corretos.

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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