Nesta primeira metade do ano, a comunidade musical foi surpreendida com a notícia de que o mercado de guitarra está em crise. A queda nas vendas já atinge renomadas marcas e grandes varejistas.

Quem acaba de chegar mais perto da falência é o Guitar Center, maior varejista dos Estados Unidos. Nesta semana, a empresa evitou uma inadimplência e acabou sendo rebaixada pela Standard & Poor’s (S&P), agência de classificação de risco. Segundo a S&P, a classificação do Guitar Center passou a ser uma empresa do tipo “CCC”, isto é, uma corporação que corre sério risco de falência.

Em seu relatório de rebaixamento, a S&P indicou que o Guitar Center está perto de fazer um “pedido de falência” ou encarar a “inadimplência de crédito”. Qualquer choque no sistema, incluindo uma desaceleração econômica, pode carimbar o passaporte da empresa rumo à crise. Esse “choque” também pode gerar uma queda mais acentuada nas vendas de guitarra. De acordo com o Washington Post, as vendas anuais de guitarras caíram de 1,5 milhão para 1 milhão até 2017, sugerindo que as vendas anuais estão atualmente abaixo da marca de 1 milhão.

No início de abril, os riscos do Guitar Center no mercado financeiro foram avaliados pela a agência Moody’s, que alertou os investidores sobre uma “inadimplência esperada”. A empresa, no entanto, renegociou empréstimos emergenciais, envolvendo uma dívida que superou os US$ 615 milhões, e evitou a inadimplência. O resultado, porém, não foi o esperado. Nesta semana, a Moody’s revelou que não considera o Guitar Center como padrão e voltou a indicar a eminente falência da empresa.

Segundo o site Digital Music News, o Guitar Center tem mais de 280 lojas espalhadas pelos Estados Unidos. Ainda segundo o veículo, as dívidas da empresa já ultrapassam a marca de US$ 1 bilhão.