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3 bateristas geniais, pouco badalados e que você precisa conhecer!

Os bateristas são um universo à parte (Foto/Pexels)

Quando o assunto é “baterista genial”, não conseguimos deixar de pensar em John Bonham, Neil Peart, Alex Van Halen, Keith MoonBuddy Rich e vários outros gigantes. Outra figura inevitável na lista é Ringo Starr, que apesar de ser uma lenda, “não é nem o melhor baterista dos Beatles”, conforme pontuou John Lennon.

Apesar de sempre ocuparem grandes espaços no palco, mas não necessariamente terem a maior parte dos holofotes – sobretudo os da fama, alguns bateristas são dignos de reverência e adoração. Por isso, nos vemos no dever de te aplicar o talento de três bateras “teoricamente anônimos”, mas que certamente ampliarão seus horizontes musicais. Empunhe as baquetas e se ligue no conhecimento!

1. Carmine Appice – Influenciador de mestres

Apesar de não ser tão cultuado quanto os britânicos John Bonham, Bill Ward e Ian Paice, o americano Carmine Appice é um dos caras que ajudou a moldar a bateria do hard rock e do heavy metal. Em 1967, antes de Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath lançarem seus discos de estreia, as furiosas batidas de Carmine já ditavam moda a bordo da psicodelia da banda Vanilla Fudge.

Carmine ajudou a inventar o rock pesado (Foto/Internet)

Em seu “pequeno currículo”, Carmine já gravou e excursionou com Pink Floyd, Jeff Beck, Paul Stanley, Rod StewartMichael SchenkerMarty Friedman, Ozzy Osbourne, entre outros. Ele também foi mentor, incentivador e professor de seu irmão mais novo, Vinny Appice, que já tocou com Dio, John Lennon, Sabbath e Heaven and Hell. É mole?

Felizmente, Carmine Appice está vivo e em atividade! Em 2017, ele lançou o disco “Sinister”.

2. Steve Gadd  – Gênio da sutileza

Natural de Rochester, uma importante cidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, Steve Gadd toca bateria desde criança. Nos clubes de jazz locais, aos 11 anos de idade, ele teve a oportunidade de tocar com o lendário trompetista Dizzy Gillespie. Depois vieram três anos no exército, onde aperfeiçoou sua habilidade com big bands.

Steve é o “baterista dos bateristas” (Foto/Internet)

A partir do começo dos anos 70, Steve Gadd inaugurou uma nova era na arte de estúdio. Com sua técnica fenomenal e intensidade emocional ao tocar, ele passou a ser o nome mais indicado para uma gravação. Seu talento para injetar musicalidade, alma e grooves inabaláveis, rendeu trabalhos com Aretha Franklin, Stevie Wonder, Paul McCartney, James Brown, Joe Cocker e muitos outros. Naquele mesmo período, Gadd gravou discos antológicos, como “Aja”, da banda Steely Dan, e registrou um virtuosismo que se tornou elemento definitivo da linguagem de bateria.

O preciosismo das gravações fez de Steve Gadd o baterista mais influente de sua geração. Atualmente, ele está na ativa e andou trabalhando com Eric Clapton, Paul Simon e James Taylor.

3. Aynsley Dunbar – O verdadeiro “ilustre desconhecido”

Segundo a revista Rolling Stone, o inglês Aynsley Dunbar é o “27º maior baterista de todos os tempos”. E ainda assim, por incrível que pareça, ele dificilmente é citado nas conversas informais [ou não] sobre música! O cara foi o primeiro batera do The Jimi Hendrix Experience, mas a gente só lembra do não menos mitológico Mitch Mitchell. Ainda durante os anos 60, Aynsley Dunbar tocou no quarteto The Jeff Beck Group, mas só lembramos dos outros três integrantes: Rod Stewart, Ron Wood e Jeff Beck.

Aynsley toou com toda a realeza do rock (Foto/Internet)

A partir dos anos anos 70, Dunbar emplacou vários trabalhos interessantes. Pra começo de conversa, ele tocou na Mothers Of Invention, a incrível banda capitaneada por Frank Zappa, e foi baterista de David Bowie, durante a fase “Ziggy Stardust”. Pra coroar a década, o músico empunhou as baquetas da formação original do Journey, mas insistimos em celebrar apenas o trabalho do genial Steve Smith.

Além dos trabalhos supracitados, Aynsley Dunbar gravou e excursionou com John Mayall, Sammy Hagar, Whitesnake, Lou Reed, Mick Ronson, entre outros. Atualmente, ele toca com Eric Burdon, a eterna voz da banda The Animals.

Infelizmente, não conseguimos citar todos os bateras “pouco badalados” que existem por aí! Porém, amigo leitor, nós temos a certeza de que este humilde post tem chances de fazer você lançar olhares diferentes rumo ao mundo dos pratos e baquetas!

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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