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Confira tudo que você precisa saber sobre escala escalopada

Depois de muita prática diária e de anos aprimorando o conhecimento técnico, a galera das cordas passa a flertar com a ideia de implantar modificações em seu instrumento. Uma das transformações mais controversas é a adoção da escala escalopada, procedimento que consiste em diminuir o volume de madeira entre os trastes.

Procedimento retira volume de madeira do braço da guitarra (Foto/Internet)

A origem exata da escala escalopada é imprecisa. Segundo o site Loud Luthieria, no entanto, os indianos já usavam essa metodologia para construir a veena, instrumento relativamente parecido com o sitar.

Vena, instrumento indiano que lançou a moda da escalopagem (Foto/Internet)

Já no mundo das guitarras, a escala escalopada tem como um de seus precursores mais notáveis o genial John Mclaughlin, guitarrista britânico que revolucionou o jazz e a world music. Já na praia do rock, a escalopagem ganhou força por meio de Ritchie Blackmore e Yngwie Malmsteen, dois dos caras que dispensam quaisquer apresentações.

Malmsteen e sua strato 100% escalopada (Foto/Internet)

A seguir, você vai conferir um esqueminha infalível sobre escala escalopada.

Tipos de escalopagem

  • o normal é escalopar ser o braço todo, desde a primeira casa até a última;
  • pode partir de uma casa mais acima até a última, ou seja, da casa 12ª até a última casa da escala (12 a 22 ou 24, por exemplo, ou 9 a 20). Essa escalopagem é interessante para o responsável pela guitarra bases com acordes como citei acima, pois as casas iniciais permanecem planas;
  • dependendo da necessidade, pode ser feita somente nas regiões das primeiras cordas [E, B e D].

Vantagens da escala escalopada

  • a tocabilidade fica mais leve. Você vai tocar sem fazer muita força;
  • como demanda menos esforço, a prática em instrumentos com escala escalopada pode tornar a sua digitação mais veloz;
  • você só precisa pressionar a corda até que ela encoste no traste. Se pressionar até sentir a escala, a afinação da nota será alterada;
  • a execução de bends e vibratos fica mais fácil, pois a corda desliza apenas no topo dos trastes e há menos atrito entre dedos e madeira da escala;
  • o som tende a ficar mais metálico, pois as cordas não encostam diretamente na madeira.

Desvantagens da escala escalopada

  • é uma modificação irreversível;
  • se a escalopagem for muito funda, os marcadores da escala podem desaparecer;
  • se feito de maneira errada, o procedimento pode danificar os trastes;
  • pode interferir na resistência mecânica do braço. Desta forma, se você pretende variar os calibres das cordas, o resultado pode não ser o esperado;
  • para quem toca bases suingadas ou ritmadas, a menor pressão na hora de tocar pode dar a impressão de a guitarra estar desafinada. Porém, não é nada que a prática diária e exercícios de adaptação não possam resolver.

Se quiser saber mais sobre escala escalopada, se liga no recado que o Gustavo Fofão tem pra você!

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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