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Imprensa especula nomes para celebrar 50 anos de Woodstock

Festival lendário completa 50 anos (Imagem/Internet)

O ano de 2019 marca o aniversário de 50 anos de Woodstock, o festival de artes que mudou os rumos da cultura pop. Como não poderia ser diferente, a celebração vai ocorrer em grande estilo.

Para arrebentar a boca do balão, dois eventos estão agendados para rolar nos dias 16, 17 e 18 de agosto. O site Bethel Woods Center For The Arts afirmou, no final de 2018, que vai celebrar o 50º aniversário do festival no local onde o evento foi originalmente realizado, isto é, no vilarejo de Bethel, no Estado de Nova York. Por sua vez, em janeiro de 2019, o agitador cultural Michael Lang, cocriador do festival de 1969, revelou que fará um evento tributo ao aniversário de meio século de Woodstock nos arredores do Autódromo de Watkins Glen, em Nova York.

Um mar de gente marcou presença na primeira edição do Woodstock (Foto/Internet)

Com tanta pompa e circunstância, inevitavelmente, os fãs começaram a criar suas escalações dos sonhos para a celebração. Pensando nisso, a revista Vanity Fair elaborou “um line-up de fantasia” para o festival. Bastante democrática, a escalação apresenta artistas de todas as épocas, inclusive nomes que tocaram no evento. Como não concordamos 100% com as especulações iniciais da revista, tomamos a liberdade de alinhar alguns nomes que caberiam no elenco estelar do festival.

“A volta dos que não foram”

Jeff Bek Group: o supergrupo liderado pelo guitarrista Jeff Beck abandonou a primeira edição do festival aos 45 do segundo tempo. Segundo o vocalista Rod Stewart, a notícia sobre um suposto chifre fez Jeff cancelar a apresentação e ir fiscalizar os passos da esposa. Como sempre manifesta interesse em tocar com o ex-patrão novamente, Rod pode convencer o baixista Ron Wood [sim, o cara que hoje toca guitarra nos Stones] a “pagar a dívida” com o público do lendário festival.

Jeff (de chapéu) boicotou show na primeira edição do festival (Foto/Internet)

Paul McCartney: em 1969os Beatles entraram em rota de colisão e, por motivos óbvios não tocaram no festival. Paul não deu o ar da graça nas edições posteriores. Logo, uma reunião com o velho amigo Ringo Starr seria um ótimo presente para o níver de 50 anos de Woodstock.

Bob Dylan: Dylan é, sem dúvida, a maior ausência da primeira edição do evento. Como sempre será um dos grandes expoentes da contracultura, a presença do profeta do rock seria a cereja do bolo.

Presentes mais do que especiais

Adele: considerada maior artista da atualidade, a diva britânica seria a atração de gala do evento. O grande problema é ela querer sair de casa, pegar um voo e encarar todos os tramites que envolvem um grande festival.

Será que a diva das divas topa fazer show em um grande festival? (Foto/Internet)

Bruce Springsteen: se for candidato à presidência dos EUA, The Boss ganha quase que de forma unânime. Além de agradar a turma da elite, as músicas do cara praticamente se confundem com as histórias da galera do proletariado.

Willie Nelson: com 85 anos de idade, Willie é a maior lenda do country ainda em atividade. Defensor da liberação da maconha e com uma música de orientação política recém-lançada, o simpático vovô de cabelos longos é a cara do festival.

Arroz de festa, mas ok!

Metallica: gigante do metal, o quarteto também costuma dar o ar da graça em festivais ao redor do mundo. Com repertório mais do que afiado e experimentado, a banda garante a felicidade de quase todas as subdivisões da turma que veste camisa preta.

Guns N’ Roses: seja lá qual for a formação, Axl Rose consegue conduzir a plateia. Por isso, o Guns é sempre uma ótima pedida para qualquer festival. Com os reforços de Slash e Duff, a banda é ainda mais icônica.

Guns N' Roses está de bem com a vida

Guns N’ Roses é uma banda que não cansa de surpreender positivamente (Foto: Reprodução/Instagram)

Foo Fighters: além de ser a maior banda de pop rock da atualidade, o FF curte participar de uma festinha! Se não estiver na lista de convidados do maior aniversário do ano, Dave Ghrol vai de penetra.

Que$tão de Negócio$

Led Zeppelin: Robert Plant não quer tocar com os antigos companheiros. Mas como o evento ficará ainda mais glamouroso se for o responsável pelo retorno de uma banda lendária, pode ser que a organização não economize na hora de desembolsar um cachê para o Led.

Remanescentes do Led não revelam intenção de fazer shows (Foto: Divulgação)

Kiss: a banda faz sua nova [e enésima] turnê de despedida. Se participar do Woodstock 50, o quarteto certamente vai tocar para o maior público da carreira e terá a chance de armar uma das maiores estratégias publicitárias da história do rock.

The Rolling Stones: além de fazer música de primeira categoria, a banda sabe como fazer dinheiro. O empreendedorismo de Mick Jagger é capaz de criar uma ótima oportunidade de negócio$ para fazer as pedras rolarem no festival.

É “ativismo” que fala, né?

Rage Against The Machine: por mais que esteja inativa, a banda sempre será conhecida por ser uma das mais politizadas da história. Será que os caras não topariam uma reunião?

System of a Down: a banda combina ativismo político e direitos humanos, temas caros à ideologia do festival. Apesar de não lançar nada inédito há tempos, o SOAD ainda tem agenda de shows ativa. #FikDik

SOAD não tem planos para lançar disco novo (Foto: Internet)

Roger Waters: já pensou se o incansável ancião decidir combater o fascismo no festival? O discurso inflamado do ex-Pink Floyd combina em gênero, número e grau com as essência do Woodstock.

Viva a pluralidade

Concordamos que ecletismo não faltará no aniversário de 50 anos do festival. Por isso, estamos certos de que astros do pop e do hip hop, como Beyoncé, Lady Gaga, Madonna, Post Malone, Jay-Z, 50 Cent, entre tantos outros serão, no mínimo, cogitados para reforçarem o line-up do Woodstock. 

 

 

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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