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Conheça a trajetória do Capital Inicial em 10 vídeos

Capital Inicial está na estrada há 35 anos (Foto: Divulgação)

Com origens na cidade de Brasília, em 1982, após o fim da banda Aborto Elétrico, o Capital Inicial está entre os grupos mais consistentes do BRock. Como poucas bandas de sua geração, o Capin soube renovar seu público e já faz tempos que é titular incontestável no meio campo da seleção brasileira de rock.

Ao longo de quase 35 anos, entre mancadas e gols de placa, o Capital vem escrevendo uma trajetória digna de respeito, aplausos e reverências. Sendo assim, nada mais justo do que mergulhar nessa história e entender um pouco mais sobre uma das obras mais diferenciadas do rock nacional. Para isso, listamos 10 dos vídeos mais importantes da carreira da banda que muita gente ama odiar.

1. Pós-punk, a base de tudo!

Sob fortes influências dos sons vindos da Inglaterra, o Capital na fase inicial apresentava um som que lembrava bandas como Smiths, Cure, Joy Division, entre outras.

2. Entrando pro primeiro time!

Em 1986, o Capital lançou seu ótimo e homônimo disco de estreia e, inclusive, emplacou a faixa Música Urbana na trilha da novela Roda de Fogo, da Globo. No ano seguinte, na esteira da boa fase, a banda abriu os shows de Sting no Brasil e começou a história de fidelidade com as grandes plateias. Dê o play e confira um vídeo registrado durante a excursão do grupo brasiliense com o astro britânico.

3. Bola fora…

Oficialmente trabalhando como quinteto desde 1987, o tecladista Bozzo Barretti fora incorporado ao time, o Capin lançou em 1988 o disco Você Não Precisa Entender. Com uma identidade sonora completamente diferente do DNA do grupo, o álbum foi um deslize e não tem lugar cativo nem no coração dos próprios integrantes da banda. Apesar dos pesares, o trabalho rendeu os singles Fogo e Pedra na Mão.

4. A redenção!

O mergulho da banda no som pop, eletrônico e plastificado durou pouco tempo. Em 1989, com o disco Todos Os Lados, o Capital Inicial retomou um pouco da pega mais rock e começou a recolocar a discografia nos trilhos. Em 1990, durante o Hollywood Rock, a banda registrou cenas para o clipe do single Mickey Mouse em Moscou, uma das canções mais emblemáticas da época.

5. O lado B mais pedido!

Lançada no disco Eletricidade, de 1991, a canção Kamikaze é uma das favoritas dos fãs do Capital. Oficialmente fora do repertório desde a turnê do Acústico MTV, a faixa ainda toca em algumas rádios de rock e cativa até mesmo os capitalianos da nova geração. Em entrevista ao Cifra Club, o vocalista Dinho Ouro Preto alegou que a banda simplesmente não consegue “resolver a música”.

6. Pra nunca mais partir!

Em 1998, após algum tempo separada, a formação original do Capin voltou à ativa. Acertadamente, Dinho, , Flávio e Loro lançaram um disco de inéditas, o ótimo Atrás dos Olhos, e conseguiram remar para fora das ondas nostálgicas que afogam a maioria dos retornos de bandas. A enigmática O Mundo é uma canção que simboliza a volta definitiva do Capital Inicial.

7. Mineiramente roubando a cena

Convocado para a terceira edição do Rock In Rio, em 2001, aos 45 do segundo tempo, o Capital teve a missão de encarar um público de 200 mil pessoas. Apesar do nervosismo, a banda soube se apoiar nos hits e no inevitável sucesso do Acústico MTV. Com destreza de Ayrton Senna e carisma de Martin Luther King Jr., a banda fez história no maior festival de música do mundo. De quebra, uma verdade ficou bem clara: é insensato fazer um evento de música no Brasil sem a presença do Capital Inicial.

8. Doses de sutileza

Que perca a primeira palheta quem não curte um clipe feito em animação! Com o charme da linguagem dos desenhos, o Capital fez uma ode ao seu passado e aos saudosos tempos da música urbana. Um pouco jogado em segundo plano, o vídeo de Anúncios de Refrigerantes, música registrada no MTV Espcial: Aborto Elétrico, de 2005, é um dos clipes mais simpáticos da carreira do Capin.

9.Politizando no exterior

Em 2014, a banda participou da edição portuguesa do Rock in Rio. Mantendo as tradições politizadas, os caras contaram para os nossos patrícios que a situação do lado de cá da Linha do Equador não era (e ainda não é) das melhores.

10. Sem perder campeonato em casa!

21 de abril de 2008, 48º aniversário de Brasília. Naquela noite, com bastante inspiração, a banda subiu ao palco e fez um dos melhores shows da carreira. Diante de mais de 1 milhão de pessoas, o Capital honrou as tradições musicais da cidade e reforçou o o DNA rock and roll brasiliense.

Caminhando para o seu aniversário de 35 anos, o Capital Inicial conhece todas as armadilhas e prazeres do sucesso. No cenário do rock brasileiro, poucas são as bandas com tamanha longevidade. Depois de muitos perrengues, vitórias, divórcios e trabalho duro, o quarteto soube encontrar a fórmula da relevância e as sonoridades ideais para suas composições. Longa vida ao Capital!

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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