Relatório indica que o mercado de guitarras atravessa um bom momento (Foto/Pexels)

Em setembro de 2017, Eric Clapton comentou que “talvez seja o fim das guitarras”. A previsão do guitar hero tem relação com o suposto desinteresse das novas gerações pelo rock and roll. Uma hipotética crise no rock, inevitavelmente, reflete no mercado de instrumentos musicais – sobretudo no de guitarras, o instrumento mais icônico do estilo.

Ao longo do primeiro semestre de 2018, o mercado da música tem lidado com notícias sobre a “crise das guitarras”. Segundo a grande mídia, o ápice do momento ruim estaria impresso na atual situação financeira da Gibson, que luta para pagar dívidas milionárias, e da rede Guitar Center, maior logista dos Estados Unidos, que deve mais de US$ 1 bilhão. Porém, ao que tudo indica, a previsão do guitar hero está errada e as situações da icônica fabricante e do GC são casos isolados. A Fender, por exemplo, declarou desconhecer crises e ainda elegeu culpados pelo péssimo momento da concorrente.

Nesta semana, uma nova versão dos fatos confirma que o mercado de guitarras não está em baixa. De acordo com relatório da empresa de consultoria IBISWorld, especializada em pesquisas e relatórios de mercado, as vendas de guitarra estão crescendo ao longo dos últimos cinco anos. Segundo o estudo, nos Estados Unidos, o setor experimentou uma taxa média de crescimento anual de 1,4% entre 2012 e 2017  e deve continuar em crescente até, pelo menos, 2022. A nível global, segundo a NAMM, as vendas de guitarras subiram 28% nos últimos 10 anos.

Por mais que comprove a franca ascensão do mercado de guitarras, a pesquisa da IBISWorld apresenta um indicativo ruim. Segundo o estudo, ao longo da última década,o mercado de instrumentos em geral teve uma ligeira queda. Será que as pessoas estão menos interessada em abraçarem a carreira musical? Impossível descobrir! De imediato, no entanto, podemos ficar aliviados, pois não é hora de temer pelo fim das guitars.