CEO da Gibson garante que marca vai “renascer das cinzas”
Ao longo desde 2018, a comunidade musical acompanha os problemas financeiros da fabricante de guitarras Gibson. Com mais de 115 anos de mercado, a lendária empresa corre sérios riscos de falência.
Em conversa com o pessoal da revista Guitarist, Henry Juskiewicz, que manteve o lugar de CEO da marca apesar da crise, antecipa os planos da Gibson para aquilo que espera ser um retorno triunfal. De acordo com Juskiewicz, para renascer das cinzas, a empresa vai apostar nas novidades.
Vamos apresentar alguns novos modelos (…), nos quais trabalhamos bastante nos últimos oito meses e que, portanto, não sofreram quaisquer impactos derivados da nossa situação financeira. Tivemos uma excelente reação da parte dos consumidores que tiveram acesso aos produtos de teste, muitos dos distribuidores também já viram e elogiaram bastante os novos modelos
Ainda segundo o CEO, a crise financeira não se reflete no design dos novos instrumentos. Desta forma, podemos acreditar que o padrão de qualidade não vai cair. Para resumir seu pensamento, Juskiewicz explica que o segredo do sucesso poderá estar na simplicidade:
Não há mudanças radicais, mas o esforço por simplificar os produtos. Sentimos que no passado surgiram muitos novos modelos e nomes, o que se tornou confuso para o consumidor, e simplificamos isso e voltamos às raízes. Portanto, as mudanças são mais sutis do que radicais
Não havendo indicação de mudanças significativas, pode-se esperar que os novos modelos se mantenham relativamente próximos das especificações do line-up de 2018, que continha dois modelos com a afinação automática G-Force. Estes deverão desaparecer, pois a empresa que desenvolve o sistema G-Force, a Tronical, trava uma disputa judicial com a Gibson.
A grande questão reside na qualidade de construção e nos preços que os instrumentos irão atingir. Por horas, cabe a nós somente o status de espera.
Gustavo Morais
Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.