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Conheça a história do primeiro sintetizador musical

O primeiro sintetizador musical é um dos marcos inovadores do universo da música. Vamos lá navegar por essa história?

O primeiro sintetizador musical, Alexander Nikolaevich Scriabin
ANS, o primeiro sintetizador musical da história (Foto: Nikolai Pashin/RIA Novosti)

Tal criação é uma das principais engrenagens para o desenvolvimento da arte e, claro, para o surgimento de grandes nomes do mundo das teclas. Por exemplo, Rick Wakeman, Geddy Lee e Stevie Wonder. Além disso, teve um papel fundamental na formação das músicas pop e eletrônica.

E aí, quer saber mais sobre a história do primeiro sintetizador musical e entender a sua relevância para os dias atuais? A seguir, confira um conteúdo completíssimo que fizemos sobre o tema. Esperamos que você goste!

O que é e como funciona o sintetizador musical?

O sintetizador musical é um instrumento eletrônico que funciona a partir da manipulação das correntes elétricas. Por meio da eletricidade, ele consegue criar uma infinidade de trilhas e de ritmos.

Por mais que a tecnologia tenha evoluído nos últimos anos, a proposta do instrumento segue parecida com a do sintetizador antigo. Resumidamente, ele modula as ondas, produzindo diferentes timbres. Vale lembrar que o que muda entre um som grave e um agudo é, justamente, a frequência dessa onda.

Sendo assim, o equipamento seria capaz de esculpir e amplificar o som. Por isso, tem um papel importante na formação do pop e da eletrônica. Com ele, seria possível modular o som, produzindo diferentes melodias. E o melhor, melodias que, até então, não haviam sido descobertas.


Quando foi criado o primeiro sintetizador musical?

O primeiro sintetizador musical foi apresentado para o mundo em 1958 por Yevgeny Murzin, engenheiro de áudio e coronel do exército russo. No entanto, a sua criação começou lá em 1938, quando ele queria uma forma de unir música com tecnologia.

Yevgeny Murzin trabalhando com anotações no projeto do primeiro sintetizador
Yevgeny Murzin, o pai do sintetizador musical (Foto/M. Filimonov/RIA Novosti)

Por conta da guerra, a ideia ficou engavetada por uns 20 anos. Em síntese, para tornar o projeto realidade, ele utilizou como referência o método de gravação de som em película, ou som ótico, usado em cinematógrafos. 

A tecnologia foi capaz ora de obter uma das primeiras imagens visíveis de uma onda sonora e ora de sintetizar um som gerado artificialmente. Nesse sentido, foi um marco para a história da música, pois o instrumento conseguia criar qualquer som de 720 faixas de áudio.

Logo, abriu-se um leque de opções para a comunidade musical de Moscou exercer sua criatividade!

Qual a diferença do sintetizador antigo para o atual?

Ao contrário da proposta dos sintetizadores modernos, o sintetizador antigo não foi projetado para performances. A intenção era, de fato, uma máquina para criar sons por meio da tecnologia. Tanto que o equipamento não dispunha de teclas. Em seu vidro, havia uma linha pela qual um raio de luz passava para as fotocélulas.

Lado a lado, ele se encaixou como uma luva em um contexto de Guerra Fria. Nas constantes buscas pela exploração espacial, o aparelho podia criar “música espacial”.

Como resultado, se tornou um marco histórico para o país. Foi criado, até mesmo, um museu para exposição do aparelho. No Museu Scriabin, o primeiro sintetizador musical era uma das principais atrações.

Naquela época, o instrumento foi muito importante para a cinegrafia russa. A título de curiosidade, filmes como Diamond Arm, Solaris e O Espelho tiveram a trilha sonora criada a partir dele.

Depois dessa participação especial, ele passou a ser utilizado para ensinar as pessoas a entender a língua dos golfinhos. Peculiar, não é mesmo?! Atualmente, o instrumento está exposto na Universidade Estadual de Moscou.

Qual foi o primeiro sintetizador?

O primeiro sintetizador musical, citado acima, recebeu o nome de Alexander Nikolaevich Scriabin. Era uma homenagem a um dos mais inovadores compositores russos. No dia a dia, o instrumento ficou conhecido como ANS, as iniciais do artista.

Paralelamente, há outros registros que apontam que, na verdade, o primeiro sintetizador surgiu nos laboratórios estadunidenses em 1957. Ele recebeu o nome de RCA Music Synthesizer, por ter sido desenvolvido pela RCA Company. Naquela época, seu uso se restringia somente aos laboratórios.

Fato é que, independente da versão, o sintetizador musical faz parte da história da música e tem o seu valor nos dias atuais. Vale lembrar que o primeiro sintetizador próximo ao que conhecemos hoje surgiu em 1964. Ele foi fruto da invenção dos sistemas modulares Moog, desenvolvidos por Robert Moog e Herbert Deutsch.

Ainda que o novo sistema permitia que os sintetizadores fossem comercializados, eles não eram populares. Embora práticos e funcionais, possuíam alto valor de compra, se restringindo somente às classes mais altas.

Depois disso, em 1965, tem-se o primeiro registro do uso de um sintetizador ao vivo em um concerto musical. O instrumento foi utilizado por Hebert Deutsch, um de seus criadores. Nos anos seguintes, outras performances ocorreram, mas sempre com o propósito de demonstração.

Quais artistas utilizam sintetizadores musicais?

Os sintetizadores musicais são tidos como um dos instrumentos mais versáteis da atualidade. Isso porque eles podem produzir uma variedade de sons e gerar diferentes ritmos. Tanto que, do rock ao funk, artistas dos mais variados estilos utilizam o aparelho.

Isso sem falar que, por meio dele, músicas foram revividas e uma nova moda surgiu. Alguns nomes que são conhecidos pelo uso do instrumento são:


Ao longo do conteúdo, contamos a história do primeiro sintetizador musical. Do modulador de ondas de 1958 aos modelos mais modernos, ele foi e é muito importante para a história da música.

E aí, gostou do artigo? Nos ajude a popularizar ainda mais a história dos sintetizadores. Portanto, compartilhe nas suas redes sociais e divulgue para os seus amigos!

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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