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3 ótimas invenções musicais que “floparam”

Necessidade, talento e vontade são alguns dos elementos do DNA da criatividade. Porém, nem tudo que reluz é ouro e, infelizmente, algumas excelentes invenções acabam não conquistando um “lugar ao sol”.

Nem sempre as grandes ideias vingam (Foto/Pexels)

Como o assunto aqui é música, listamos 3 ótimas invenções musicais que “floparam”. Se liga só na lista!

1. Betamax

Tem coisa que somente os anos 80 foram capazes de “imortalizar”, né? Uma das preciosidades que a chamada “década perdida” deixou como saldo foi a notável evolução das produções audiovisuais e, consequentemente, o boom dos videoclipes e dos vídeos – digamos – “caseiros”. Na era das fitas VHS, a Sony idealizou o formato Betamax, que foi planejado para ser o preferida dos usuários para gravação de vídeo.

Betamax

Formato foi sepultado pelo VHS (Foto/Internet)

Apesar de uma grande campanha de marketing, o Betamax sempre ficou em segundo plano em relação ao VHS e acabou não emplacando. O maior problema foi a falta de licenças para outras empresas desenvolverem aparelhos reprodutores. Desta forma, as outras gigantes do segmento apostaram no formato VHS, tornando-o mais popular e, consequentemente, mais barato. Sendo assim, naqueles tempos, poucos clipes caseiros foram produzidos com o “elefante branco” lançado pela Sony.

2. SMD

Além de ser um dos melhores cantores da música brasileira popular, o sertanejo Ralf [da dupla com Chrystian] é um inventor. Uma das invenções mais bacanas do músico foi idealizada para combater a pirataria e data de 2002. Estamos falando do Semi Metalic Disc (SMD), um formato de áudio que armazena até 64 minutos de música com a mesma qualidade de um CD convencional.

O SMD é uma alternativa mais barata ao CD, pois utiliza uma quantidade menor de metal na fabricação. Desta forma, o disco custa menos para ser produzido e, consequentemente, chega ao consumidor final por um preço bem menor. No final das contas, o fã tem em mãos um produto original e o artista não perde as preciosas vendas.

Dupla foi um dos poucos artistas que aderiram ao SMD (Foto/Internet)

Como nem tudo é perfeito, seja lá qual for o motivo, a indústria fonográfica infelizmente fez vistas grossas para a invenção de Ralf. O tempo passou e a pouca combatida pirataria teve a oportunidade de assombrar muitos artistas. No auge do streaming, o SMD corre o risco de ser ainda mais desprezado pelas companhias fonográficas. Apesar dos pesares, até 2027, a Microservice será a única empresa do mundo com direito a fabricar este tipo de mídia.

3. Protetor de dedos

Os famigerados “calos nas pontas dos dedos” representam o maior pesadelo de 11 em cada 10 iniciantes na arte de tocar um instrumento de cordas. Por volta de 2012, o mercado foi surpreendido com os dedais de silicone, uma invenção que resolveria o problema, literalmente, “nas pontas dos dedos”!

Os calos são inevitáveis (Foto/Internet)

Apesar de ter seu público, o dedal de silicone não conquistaram o merecido lugar no mercado. Com exceção de Tony Iommi, que usa dedais por motivo de força maior, não conseguimos nos lembrar de outro guitar hero que use dedais. Ao que tudo indica, a galera das cordas leva a sério o lema “no pain, no gain”.

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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