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Ciência: ouvir música favorita aumenta níveis de dopamina no cérebro

A música lava a alma (Foto/Pexels)

O polêmico e multifacetado Friedrich Nietzsche [o cara era filósofo, crítico cultural, poeta, entre outras] acertou em cheio quando disse que “sem música, a vida seria um erro”. Muito mais do que uma frase de impacto, a afirmação de Nietzsche tem bases científicas. Um estudo recente da Universidade de Lyon, na França, descobriu que além de “lavar a alma”, a música faz bem pra saúde!

Segundo a pesquisa, há intensas ligações entre o ato de ouvir as músicas favoritas e o aumento de dopamina no cérebro. A dopamina é, literalmente, o hormônio que atua no campo das emoções e sentimentos. Ela também aparece em situações relativamente cotidianas, mas que causam entusiamo, como começar a fazer uma nova atividade ou conseguir cumprir uma determinada meta.

Ouvir música aumenta os níveis do hormônio do amor (Foto/Pexels)

Batizado “A dopamina modula as experiências de recompensa provocadas pela música”, o estudo foi conduzido por uma equipe de pesquisadores liderada por Laura Ferreri, professora de Psicologia Cognitiva, na Universidade de Lyon. De acordo com Ferreri, o objetivo é compreender mais a fundo o funcionamento dos mecanismo neuroquímicos que acontecem quando ouvimos música.

“Não podemos concluir que tomar dopamina aumentará o seu prazer musical. O que podemos afirmar é muito mais interessante: ouvir as músicas que você gosta faz com seu cérebro libere mais dopamina, um neurotransmissor crucial para o funcionamento cognitivo e emocional dos humanos”, declarou Ferreri.

O estudo envolveu 27 participantes, divididos em três grupos. Com intervalos de uma semana, em diferentes sessões, as cobaias receberam doses de levodopa (estimulante de dopamina), de risperidona (inibidor de dopamina) ou de um placebo (grupo de controle).

Música? Ouça bastante, simples assim (Foto/Pexels)

Ao avaliar os resultados, não deu outra! Os pesquisadores registraram um aumento na produção de dopamina nas pessoas que receberam o estimulante, enquanto quem recebeu o inibidor teve a capacidade de apreciar as músicas limitada. A nova pesquisa reforça um estudo de 2011, conduzido por pesquisadores da Universidade de McGill, no Canadá, que registrou aumento de 9% na dopamina de indivíduos que ouviam músicas.

Foto de Gustavo Morais

Gustavo Morais

Jornalista, com especialização em Produção e Crítica Cultural. Pesquisador independente de música, colecionador de discos de vinil e mídias físicas. Toca guitarra, violão, baixo e teclado. Trabalha no Cifra Club desde novembro de 2006.

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